da história de Adèle
membranas sensitivas,
a delicada ponte do encéfalo –
encapsuladas,
as línguas liberam
uma vertigem de imagens cubistas;
a lágrima se ancora no dorso,
a pupila se espraia,
sorve
fluxo e refluxo
entre a ostra e o vinho,
entre o sal e o perfume,
entre pétala e pétala;
da copa das árvores goteja a memória
das chuvas,
nossas bocas se emplastram, as
gêmeas,
na degustação de arandos,
da preamar só retornam
um denso fio de espuma
e a concha
despegada
da concha
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